quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Vai com Deus...


Olá galera.
Como passaram as férias???
Espero que muito bem, ótimos e perfeitos.
Como é visível, não cumpri minhas promessas do post anterior.Mas tudo bem, conversamos sobre isso outra hora.

Hoje venho falar sobre morte.

A morte é uma realidade sem escapatória ao mundo dos vivos. É tão fácil dizer isso. Algum dia todos iremos morrer. Sempre escutamos isso. Mas quando um amigo querido se vai... qual o motivo de ficarmos tão chocados, apavorados e tristes?

Vivemos num tempo em que a sociedade é extremamente científica. Acreditamos muito mais no que cientistas falam do que nas histórias e crenças religiosas que nos são passadas desde a infância. Talvez esse o motivo de não aceitarmos a partida de uma pessoa próxima. A ciência não conhece absolutamente nada do que acontece após a morte. E isso angustia qualquer um que pense no assunto.

Muitos ainda preferem se agarram em crenças para tentar amenizar o sofrimento de perda. Vidas após a morte, paraísos, infernos, purgatórios, céus...

É a última etapa da vida? É uma das etapas mas não a última? A vida não tem fim e vivemos num ciclo infinito de tempo? Algum dia deixaremos de existir por completo?
Será que se fossemos educados e discutissemos essas dúvidas ao longo da vida quando a morte se aproximasse de nós ou de alguém que gostamos entenderiamos melhor e sofreriamos menos?

Não sei!
Talvez possamos tentar.
É tão dificil sentar num bar e falar sobre isso?!
Já que todos passaremos por isso algum dia...

Infelizmente eu não fui educado a discutir esse assunto. Semana passada uma amiga, que na verdade foi uma amigona por um pequeno período de tempo, faleceu com 26 anos. Foi uma surpresa muito grande. Um choque. Uma tristeza enorme tomou conta de mim e de todos os que a conheciam. Ninguém esperava. Todos sempre esperam a recuperação de uma pessoa tão jovem e forte. Pelo menos aparentemente. Mas isso também não importa. Sabemos que ela tentou.

O que quero dizer aqui é que eu vou sentir falta das vezes que saimos juntos e dançamos até o chão, do jeito que ela saia do quarto dela no inverno pra nos receber, da coca-cola e do salgadinho, do chimarrão, das gírias engraçadas ( piriri pororó ) , de como só ela transformava os cm³ para seg², do cabelo loiro que nunca mais veremos brilhar, das botas maravilhosas que usava, da felicidade que atendia a porta quando eu ia visitar, do jeito que ria e deboxava das nossas histórias, do abraço apertado (os poucos que me deu) !

Ainda tenho que cumprir alguns planos que fizemos com ela antes da doença se manisfestar. Nossos Champagnes de depois de formados, certamente ainda serão tomados. E essa amiga safada ainda me fez viajar quase um dia inteiro para dar um último adeus.

Quero deixar claro que eu ainda prefiro acreditar nos mitos e nas crenças. Que essas idéias vagas de paraiso e felicidade eterna me acalmam muito mais. Me fazem acreditar cegamente que onde quer que esteja, estás bem amiga. Brilhando sem parar.

Vai em paz minha amiga querida... para onde quer que seja.
9 de Agosto de 2010.